quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

A LIGA CAMPISTA E SUA HISTÓRIA



Foi convocada pelo então presidente do Internacional F.C., o Sr. Tácito Eliot Tavares, uma reunião entre dirigentes, jornalistas e admiradores do futebol para criar a Liga em Campos, a data escolhida foi 13 de setembro de 1913 e se fizeram representar na assembléia, Goytacaz, Aliança, Rio Branco, Internacional, XV de Novembro, Lacerda Sobrinho, Luso Brasileiro e Campos Atlético.
Após as discussões dos assuntos em pauta, foram escolhidos os Srs. Múcio da Paixão, Aldo Muylaert e Alcides Caneca para a comissão que estudaria o estatuto da entidade que estava sendo fundada.
Foi escolhido Múcio da Paixão como o primeiro presidente, mas este renunciou ao seu mandato quase no fim do ano de 1914, devido principalmente ao desgaste que teve com alguns jogadores de prestígio na cidade e que depois desse episódio originaria um dos grandes clubes de Campos e do Estado, o Americano Futebol Clube. Na Liga assumiria o então vice-presidente e jornalista Júlio Nogueira, que também ficaria marcado na história como o primeiro profissional da imprensa a dirigir uma equipe de futebol.
No decorrer dos anos houve muitas brigas, mudanças e diversas cisões, o que fez com que aparecessem entidades paralelas nas organizações dos eventos esportivos na cidade, como a Associação Campista de Esportes Terrestres (ACET), Associação Campista de Esportes Atléticos (ACEA, que contava com Goytacaz, Atlético, Fla-Flu e Itatiaia), que depois se uniriam novamente a LCF (composta por Americano, Campos, Luso Brasileiro e Leopoldina) e formaria a Liga Campista de Desportos (LCD), que durante anos promoveu o campeonato campista de futebol profissional e se fez representar com a seleção campista em outras competições.
O maior orgulho da Liga é que além de possuir sede própria, é junto com a de Niterói as únicas do Estado a ter campeonatos de profissionais. Atualmente somente a LCD mantém suas atividades, promovendo inúmeros campeonatos e torneios de futebol amador.
A LCD também promoveu a Taça Cidade de Campos, realizada a partir de 1969 para suprir um intervalo de datas após o fim de cada temporada do campeonato principal e era disputada pelos primeiros colocados do campeonato campista do ano anterior, não tendo um número fixo de times na disputa, variando de ano a ano e teve como primeiro campeão o Americano, seguido de Goytacaz em 1970, novamente o Americano nos dois anos seguintes, Rio Branco em 73, Cambaíba em 74, Sapucaia em 75 e Goytacaz em 76 e Rio Branco em 77, último ano em que os principais clubes campistas disputaram esta competição, já que se envolveriam em competições promovidas pela federação do recém-criado Estado do Rio de Janeiro, mas continuaria sendo disputada por times amadores.
O campeonato campista começou a ser disputado em 1914 e teve o Goytacaz como o primeiro campeão e teve a sua última edição em 1977, quando, por falta de datas, Americano e Goytacaz dividiram o título, foi no ano seguinte que deixaria de ser disputado, devido à fusão dos estados do Rio e da Guanabara.
Foram presidentes da Liga os senhores: Múcio da Paixão, Julio Nogueira, João Muylaert, Antônio Faria, Domingos Guimarães, Edmundo Chagas (1922/23), Ari Leôncio da Silva, Constantino Escocard (1925/26), Nelson Martins, Antônio Pereira Amares, Mário Veloso de Carvalho, Ilídio Rocha, Evandro Monteiro, José Alves Dias, Mário Pinheiro Mota, Osvaldo Cunha, João Pires Damasceno, Raul Abot Escocard (1954), Sílvio Araújo, Bento Faria da Paz, Edmundo Vaz de Araújo , Dr. Gentil Gomes, Jaime M. Faria, Amílcar Monteiro, Salim Nagem, Roberto D’Afonseca, Amílcar Monteiro, Danilo Knifis , Josélio Rocha, Geraldo Silva, Rubens da Mota Vilar e Edson Anomal Pereira, sendo presidente por vários mandatos, inclusive o atual.

CLUBES DO FUTEBOL CAMPISTA



Infelizmente, os nossos antepassados não se preocuparam em deixar registrado para a posteridade os acontecimentos de sua época, brindando com essas informações as novas gerações. Por esse motivo, temos vários clubes praticamente sem vestígios de sua existência e possivelmente tenham existido alguns que nem o seu nome conste aqui.
Durante o trabalho de pesquisa encontramos pelo menos nomes de clubes, alguns com o ano de fundação e em poucos casos, peculiaridades sobre eles, desses atores que foram os desbravadores do futebol campista.
Aqui estão relacionados todos os clubes que, pelo menos uma vez, jogaram no campeonato campista organizado pela Liga, ou por entidade correspondente: Internacional , Aliança Foot Ball Club , Americano, Goytacaz, Campos Atlético Associação, América , Rio Branco, Fla-Flu, Paladino, XV de Novembro , Luso Brasileiro, Aliança do Queimado, Atlético, Itatiaia, Sapucaia, Cambaíba, São José, São João, Paraíso de Tocos, Leopoldina , Industrial, Municipal, Futurista Futebol Clube, Vesúvio e Lacerda Sobrinho .
Podemos deixar aqui registrada a existência de alguns times que não chegaram à era do profissionalismo, tendo a maior parte deles encerrado as suas atividades antes, outros optando por permanecerem no amadorismo. Outro fato pitoresco do futebol local foi marcado pela existência de times avulsos, isto é, aqueles que não disputavam o campeonato campista propriamente dito, participavam somente de jogos amistosos e torneios regionais. São os casos de alguns desses times: Democrata, São Cristóvão , Fluminense, Sírio e Libanês , Atlético Campista F.C. , Brazil F.C. , Elite, Palmeiras , Apolo, Corintiano , Madureira, Comercial , Clube Atlético Campista , Atlético Futebol Clube , York Foot Ball Club , Baroneza Football Club , Barão F. C. .
Também foram encontrados registros dos times, que em sua maioria formados por trabalhadores de usinas e moradores dos distritos, mas que não chegaram a disputar o campeonato oficial, participando somente de torneios amadores. Muitos são da primeira fase do futebol, que vai da sua origem até o profissionalismo, em 1952. Outros são da era profissional, mas se mantiveram no amadorismo e quase todos já não existem mais, ou existem como times amadores. São eles: Pinheiro Machado (Santo Amaro), União e Aliança (Queimado), Ypiranga (Morro do Coco), Atlético (Goytacazes), Santo Antônio (Beco), Martins Laje (Martins Laje), Rio Preto (Morangaba), Palmeiras e Liberal (Cambaíba), Tamandaré (Santa Maria), Santa Cruz (Santa Cruz), Nacional (Saturnino Braga), Comercial (Conselheiro Josino), Ururaí e União de Ururaí (Ururaí), Cruzeiro (Poço Gordo), Estrela (Ponta da Cruz), Santo Eduardo , Esporte Clube Italva (do então distrito de Italva, que se emancipou de Campos em 1986) e Cardoso Moreira Futebol Clube (o distrito também obteve a sua emancipação político administrativa em 1989) .
Abaixo segue o histórico dos principais clubes que existiram na cidade de Campos dos Goytacazes. Infelizmente não foi possível conseguir relacionar todos, devido a não conservação documental do ocorrido no passado. Segue uma pequena passagem da gloriosa história dos clubes.

G.R.S.E. VESÚVIO - O QUARTEL VAI A CAMPO


Formado dentro do quartel do Corpo de Bombeiros em 02 de dezembro de 1974, o Grêmio Recreativo Social e Esportivo Vesúvio foi fruto do sonho do Major Eduardo Ribeiro Filho e teve como Presidente de honra o Coronel da PM Yêdo Bittencourt da Silva, suas cores eram a mesma da corporação, o vermelho e o branco.
O jornal “A Notícia” de 31 de dezembro de 1974 (p. 8) registrou a posse da diretoria do clube, que teve o comando do Major Eduardo e a vice-presidência a cargo do médico Édson Coelho dos Santos, ex- presidente do Americano e do Municipal. No mesmo jornal, o Major declarou: “O Vesúvio chegou para revolucionar o futebol campista”
Diferentemente dos times do Tiradentes (CE, DF, PI, PA e Niterói), que se originaram na Polícia Militar e mais recentemente do Dom Pedro II do Distrito Federal, este oriundo também do Corpo de Bombeiros, o Vesúvio abrigaria desde o início militares e civis.
O primeiro jogo foi realizado na noite do dia 24 de janeiro de 1975 na cidade vizinha de São João da Barra, na abertura do Torneio de Verão, onde venceu por 1 x 0 o time do Americano.
Neste Torneio, o Vesúvio ficou com o vice-campeonato, perdendo a final para o time do Cambaíba, que levou o Troféu Coronel Evaristo Antônio Brandão Siqueira, então comandante da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Quando o Major Ribeiro foi transferido para o Rio de Janeiro, houve uma reunião em 12 de dezembro de 1975 e nesta ninguém se prontificou em assumir o comando do clube, que assim encerrou as suas atividades.

PARAISO F.C. - TOCOS TAMBÉM TEM HISTÓRIA


Dos clubes oriundos de usinas, o Paraíso é considerado o mais antigo, apesar de que o São João ter sido fundado 23 dias antes, mas não disputava campeonatos oficiais.
O Paraíso Futebol Clube foi fundado em 17 de julho de 1917 por Domingos Monteiro, Amaro Monteiro, Helvécio Peixoto, Ezequiel Manhães, José Manhães da Silva, Manoel Monteiro e Miguel Rinaldi (este escolhido para ser o primeiro presidente do clube), funcionários da usina Paraíso, no distrito de Tocos, distante 21 km do centro de Campos.
O Paraíso jogou até o ano de 1951, torneios de menor importância, promovidos pela Liga Campista de Desportos, passando somente neste ano a participar do campeonato campista.
Seu estádio, erguido em propriedades pertencentes à Usina Paraíso se chamava Roberto Codray, mas teve o seu nome alterado mais tarde para Benedito Silveira Coutinho, um dos sócios da empresa e que junto com o Sr. Osvaldo Gomes foram incansáveis na luta em prol do clube.
Com medidas oficiais, o Estádio possui três vestiários azulejados, com acesso subterrâneo ao campo, cabines de rádio, dormitório para jogadores e uma pequena tribuna de honra, onde a cúpula da usina assistia aos grandes jogos, recebendo ali seus convidados. A inauguração deu-se em 17 de agosto de 1958 em um jogo visto por mais de mil pessoas (a maioria parentes de jogadores e funcionários da usina), entre a equipe do Paraíso e o Goytacaz, valendo pelo campeonato campista daquele ano, e o time da casa venceu pelo placar de 1 x 0, tendo acontecido após a partida uma grande festa da “família toquense”, que alegrou desde a casa grande da usina até a residência mais humilde.
Pelo Paraíso passaram craques do quilate de Manoel Monteiro, Edir, Lulu, Carioca, Helvécio, Osmário Soares, Niniu, Baú, Nilo, Diniz, Cidoreco, Devaldo, entre outros.
Apesar de não ter conquistado nenhum título de expressão, somente o torneio Otávio Pinto Guimarães, em 14 de novembro de 1975, quando participou junto com Cambaíba, Rio Branco e Goytacaz, e ter ficado por duas vezes com o vice-campeonato campista (1958 e 1976), o clube de Tocos sempre contou com fortes equipes.
Deixaram marcados os seus nomes na história do Paraíso os presidentes Miguel Rinaldi, Demerval Pacheco, Manoel Porfírio Soares, Amadeu Correa, José Manhães, Anacleto de Souza Ferreira, Liberato Nunes, Jorge Rodrigues do Nascimento, Amaro Balthazar Filho e Amaro Martins de Oliveira.
Existe ainda, nos dias de hoje, apenas como clube amador, mas filiado à Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro e tem planos de voltar a disputar o campeonato de profissionais. Recebe irrestrito apoio da Usina Paraíso, que permanece nas mãos da família Coutinho, sendo dirigida por Geraldo S. Coutinho, filho de Benedito, cujo nome batiza o estádio e por seu filho André H. Coutinho, que é o presidente atual do clube.

E.C. SAPUCAIA - TAÍ O GRANDE CAMPEÃO


O clube surgiu depois que o Progresso Futebol Clube e o Brasil, ambos os times de trabalhadores da usina Sapucaia, se juntaram para formar um só clube, que representaria a localidade que se distância 15 km do centro de Campos, nos campeonatos que existiam na cidade.
A reunião de fundação do novo clube ocorreu no pátio da própria usina e dela participaram John Julius, Max Polley, José Pedruca, Antônio Miguel Andrade, Didi Pinheiro Machado, Wilson Isaltino, Leandro Barbosa, Touquinha e Adauto Pacheco.
O primeiro jogo foi contra o Paraíso e terminou com empate em 1 x 1.
A diretoria procurou o industrial Francisco Jacob Gayoso y Almendra, o Dr. “Chico”, como era chamado por muitos dentro da usina, para pedir colaboração para o novo clube, que de imediato seria prontificado, mas com uma exigência:
“Que as cores do time fossem vermelha e preta, como as do Flamengo”, sendo assim, o antigo uniforme verde, vermelho e branco foram logo abandonados.
O Sapucaia chegou a ser o clube campista que mais gastou com o futebol, contratando reforços que transformou o clube no que o jornalista Péris Ribeiro chamou, um dia, de “Academia de Futebol”.
Apesar de ter sido fundado em 18 de dezembro de1938, somente a partir de 1961 é que se filiou à Liga, para então começar a disputar campeonatos oficiais, vencendo o campeonato de acesso em 1969, ainda tricolor.
O Sapucaia viveu a sua fase áurea na década de 70, quando o clube passou a disputar o campeonato campista contra as melhores equipes da cidade e nesse mesmo período aconteceu o apogeu do time, na conquista do campeonato do Estado do Rio, em cima do Americano, no campo do Goytacaz, com a arbitragem de Arnaldo César Coelho, atualmente comentarista da rede Globo de televisão.
O Jornal A Notícia do dia seguinte, dia 13 de maio de 1974, em página inteira na seção de esportes estampava a manchete “Taí o campeão, o Sapucaia foi um verdadeiro barato”. A equipe venceu o Americano na partida final por 4 x 2, era composta por Roque, Danilo Pastor, Paulo Lumumba, Roberto Madeira e Albérico, Osvaldo, Amaritinho, Betinho e Gonzaga, Walmir e Alcir.
Também participaram da campanha vitoriosa do rubro negro naquele ano: Tuiú, Joaquim, Joélio, Folha, Pedro, Edmilson, René, Toninho e Vicente.
O declínio do clube ocorreu com a saída do Dr. Chico e do Dr. Alaor Lamartine de Castro para colaborar com o Americano, que disputaria o campeonato nacional de 75. Hoje apenas “peladas” acontecem no campo, onde um dia desfilaram os maiores jogadores do futebol campista.

E.C. SÃO JOSÉ - O PRIMEIRO CAMPEÃO PROFISSIONAL


O Esporte Clube São José foi, juntamente com o Sapucaia, o time de usina com mais destaque no cenário futebolístico de Campos, fundado por trabalhadores da Usina São José, do Distrito de Goytacazes, que se localiza à 11 km do centro da cidade, em 28 de janeiro de 1938.
A sua primeira diretoria foi composta por Álvaro Barcelos Coutinho (presidente), Adahyl Bastos Tavares (vice-presidente), Antônio Ribeiro do Rosário, Cleveland Cardoso (1º secretário), José Antônio de Carvalho (2º secretário), Francisco Azevedo (1º tesoureiro), Thieres Gomes de Azevedo (2º tesoureiro), Aluísio Maciel (diretor de esportes), Antônio Pereira Nunes (orador).
O time jogou como equipe avulsa, isto é, time não filiado à liga e que participava apenas de torneios locais até 1944, quando fez sua inscrição na LCD, iniciando aí suas atividades nos campeonatos oficiais organizados pela entidade.
Contando com grande apoio do Sr. Gonçalo Vasconcelos, um dos sócios da usina na época, que cedeu um amplo terreno para a construção da sede social, do campo e de demais dependências, como quadras de tênis, vôlei, basquete e piscina. Além das atividades esportivas, o clube se destacava na área social com a realização de animadas festas e grandes bailes. Diante de toda esta excelente estrutura o clube ganhou o apelido de Colosso ou Milionários de Goytacazes.
O campo foi batizado de Estádio da Vitória e sua inauguração se deu no dia 8 de maio de 1945, coincidente com o fim da Segunda Grande Guerra Mundial. Período difícil aquele superado pelo clube que, aliás, adotou essa data como a oficial da fundação do clube.
O campeonato perdido para o Rio Branco em 1948 mexeu com o emocional de todos, já que o time da baixada contava com a melhor equipe daquela época e por isso afetou o rendimento do São José nos campeonatos seguintes, pois visivelmente não rendeu o que todos sabiam que o time poderia render.
Em 1952, no primeiro campeonato campista oficialmente profissional, o time mais maduro e com alguns reforços foi para a decisão contra o mesmo Rio Branco, algoz de 48, o jogo foi realizado no campo do rival na Avenida Sete e encarado como uma verdadeira revanche, mas dessa vez o título foi para o clube da baixada, com uma vitória de 4 x 2, o que extasiou jogadores dirigentes e torcedores do São José, que com o título inédito enfim consolidado promoveu grandes festejos, começando por um desfile de carros de boi no Boulevard Francisco de Paula Carneiro, fato nunca antes visto no centro da cidade.
A equipe que levantou o título de 52 era formada por Waltinho, Custódio e Altivino. Hugo, Ilmo e Geraldo. Basílio, Orlando, Heraldo II, Amaro Barbosa e Soares.
Passaram pela presidência do clube nomes como o de Álvaro Barbosa Coutinho, Itamar Almirante Dias, Saturnino Monteiro Filho, Cid Pinto de Andrade, Ary Bráulio Machado, José Gonçalves e Silva, Heraldo Monteiro da Mota, João Antônio Pessanha, Norberto Siqueira Barreto.
Pelo São José se apresentaram inúmeros craques, com destaque para Tom Mix, Bóia, Chico, Odílio, Índio, Hugo Soares, Santana, Ailton, Aires, César entre muitos outros.
Depois de algum tempo desativada a usina São José retomou parte de suas atividades como uma cooperativa, financiada pelo FUNDECAM (Fundo de Desenvolvimento de Campos) e o time ainda existe e é uma das forças do futebol amador da cidade, mas não tem mais qualquer vínculo com a usina, que inclusive não permite mais os jogos do clube em seu antigo campo, que é propriedade da usina.

E.C. SÃO JOÃO - O VOVÔ DEIXOU SAUDADES


Fundado em 24 de junho de 1917 por José Norival, Cláudio de Souza e Arnaldo Pereira dos Santos, todos funcionários da Usina São João, afastada 5km do centro de Campos, teve de imediato o apoio da cúpula da empresa, que além da doação do terreno, arcou com as despesas para a construção do campo para o clube.
Apesar de existir por tantos anos, somente em 1958 se filiou à Liga Campista de Desportos, quando passou então a disputar os campeonatos por essa entidade promovidos. Por esse motivo é que o Paraíso de Tocos, que é na verdade 23 dias mais novo do que o São João, é considerado o clube de usina mais antigo de Campos, pois começou primeiro suas atividades competitivas oficiais.
Seus principais presidentes foram: Cláudio de Souza (um dos fundadores e primeiro presidente do clube), Chistóvão Lysandro e Ademar Cruz.
O São João foi campeão do campeonato de aspirantes promovido pela LCD em 1960. Assim como a Usina, que está desativada há muito tempo, o Esporte Clube São João não mais existe.